Urias Sérgio

Vivo da esperança de ver o soerguimento da ética e da razão e isso dá-me forças de continuar lutando

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CONJUGANDO O VERBO

CONJUGANDO O VERBO

A realidade da vida se mistura com a realidade religiosa a partir do momento em que pretendemos colocar em prática os princípios básicos da existência humana. Assim, nosso destino se confunde com nossas próprias decisões, uma vez que a realidade de nossa existência está diretamente ligada as nossas próprias convicções... e considerando-se a assertiva de que o futuro a nós pertence, concluímos que merecemos tudo o que temos, o que somos e o que a vida nos reserva em razão dos critérios e comportamentos que adotamos e nem um milionésimo grama a mais.
Os nossos princípios são exatamente iguais seja qual for a cor, o credo e a condição social de cada um e portanto servem a todos e não devem ser quebrados ou distorcidos por nenhuma razão, sob pena de serem usados contra nós mesmos. O plantio de qualquer árvore frutífera é opcional mas sua colheita não... nada poderá ser feito para mudar a natureza daquilo que plantamos na hora da colheita. No plano espiritual tudo aquilo que recebemos é porque merecemos e no campo material nada tem esse equilíbrio a não ser através de sua consciência espiritual.
O verbo só tem sentido se conjugado, assim, não devemos nunca imaginar ou pedir a Deus quaisquer coisas que nós mesmos não conseguimos conquistar. Sempre que invocarmos em súplica por algo, devemos nos lembrar que, se estamos desempregados, com a saúde fragilizada, ou seja lá o que se passa conosco, devemos antes de mais nada avaliar em sua essência o que pretendemos. O cara dorme até ao meio dia, almoça e sai para dar uma voltinha; não se apresenta a altura quando vai se inscrever em alguma vaga de trabalho – barba por fazer, vestido com desleixo... ora, dificilmente vai contornar essa situação e aí começa a rezar achando que seu santo de estimação está a toda hora disponível; ou não se prepara para o vestibular e na hora da prova se põe a rezar... faz promessas, acende vela ao santo e é claro que não vai ser aprovado. É por isso que sempre conseguimos tanto e tão somente aquilo que merecemos. Nossos sacrifícios são constantemente reconhecidos com novas oportunidades sejam elas espirituais ou matérias e não há o que se fazer para nos permitir ultrapassar nossos próprios limites a não ser que façamos sacrifícios outros que nos permitam estarmos preparados para receber, como graça, aquilo que agora merecemos. Nossos princípios são as bases da consolidação de nossos limites e do que eles representam. Não se compra a felicidade através de bens materiais como não se compra uma melhor condição aqui na terra através de dízimos ou compensações financeiras. Que Deus nos abençoem!
 
Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 28/02/2017
Alterado em 28/02/2017


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