Esperança,  imorredoura e eterna ilusão,
Alimento  d’ almas afortunadas e ao mesmo tempo,
Migalhas de sustento, fantasia, sonho perdido
Dos eternos iludidos... pesadelo dos desesperados

Há quem te tenha próxima, condescendente,
na cumplicidade intima  de doces namorados,
há que viva consigo em doces quimeras,
no pulsar constante de corações apaixonados.

Há ainda quem te tenha ao longe, bela,
como a lua, na influência mágica de tua  presença,
Que se encanta com o que ela  perpetua
E  se maltrata com sádica e  cruel  indiferença.

É meu destino,  minha sina, envolver-me tanto,
Olhando-te nos olhos, enlaçando-te, em pensamento
sorrindo contigo, abraçando meus tormentos e
minhas limitações, neste plano, fecundando...  sem alento.