Urias Sérgio

Vivo da esperança de ver o soerguimento da ética e da razão e isso dá-me forças de continuar lutando

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Carta-resposta a um amigo Curitibano (SOBRE MANAUS)

Carta-resposta a um amigo Curitibano (SOBRE MANAUS)

Prezado amigo Ernesto:
Recebi sua carta a respeito de sua visita a Manaus em outubro do ano passado e fiquei muito triste com suas observações. É que a verdade dói e ainda que você tenha toda a razão, sei que suas considerações não foram para denegrir a imagem da cidade, mas numa tentativa de contribuir com a solução dos muitos problemas que temos. Aí em Curitiba, ainda que há muito tempo atrás - no século passado - vocês já conheceram situação semelhante, né? – O trânsito já foi como é aqui hoje, essa loucura; isso é só má lembrança para você e para nós “Uma dura e cruel realidade”. Na verdade, fica difícil de se resolver da forma que estão fazendo, colocando em grandes trechos das avenidas principais “corujinhas”, com limite de velocidade de 40 km/por hora – dá até sono – mas isso fica por conta de algum “abestado” que não sabe dirigir e acha que vai resolver o problema desta forma. Também acho que 50 km/por hora seria muito mais adequado, mas o que fazer né? Isso é coisa de quem está acostumado a “andar” de canoa, sabe, e de uma hora prá outra, de carteira de motorista na mão, acha que 40 km/por hora é uma ótima solução. E é um congestionamento só, em toda a cidade. É assim. Quanto aos nossos abrigos para passageiros dos ônibus (ilhas) nas avenidas, estão realmente uma calamidade, mas não é também para você afirmar que “aquela” da Av. Constantino Nery em frente ao HEMOAM, que está com as placas despencando e sujeitas a cortar as cabeças das pessoas, é porque o Hemoan está ali em frente com sangue disponível para atender àqueles que se machucarem... Tenha dó! E por favor não faça esses comentários! Disseram que até a Copa os abrigos serão reformados, tá? Então tenha calma... Faltam apenas dois aninhos.
Outra coisa: Também acho que o centro da cidade está realmente caótico, com uma poluição visual absurda, em razão das barracas dos camelôs e do lixo. - Como solucionar essa situação? - Imagine: só no centro são mais de 3.500 vagas de carros (no comércio da Zona Franca), a grande maioria ocupada pelos ambulantes, que chegam lá por volta de seis horas da manhã e que mantêm nos porta-malas dos veículos o estoque de suas mercadorias. Você disse que ficou quase duas horas circulando sem conseguir uma vaga para estacionar... Infelizmente essas coisas realmente acontecem. Mas você podia ter indo de taxi, não podia? Às vezes você reclama muito! Mas fique tranquilo: Até a Copa de 2014 (tá chegando) a prefeitura pretende colocar máquinas (parkings) de controle de estacionamento em todo o centro, com o máximo de duas horas de estacionamento permitido por veículo e isso vai resolver a situação, dificultando inclusive a vida dos camelôs... O que acha? É só esperar mais um pouquinho! Só dois aninhos. E onde vão colocar os ambulantes? Realmente não sei! Ah! Esse é um problemão que tem que ser resolvido... Mas há de aparecer alguém, algum iluminado, com autoridade, que desaproprie algumas áreas em uns cinco bairros mais populosos e faça ali uns shoppings populares, com boa estrutura para abrigá-los e atratividades que levem o povo a passar a frequentar esses lugares, você vai ver! E o Porto? Uma hora vai acontecer... Seja o que for... Se Deus quiser, antes da Copa.
E o Monotrilho, se sai? Não sei, mas pelo que estão dizendo, vai sair sim. Só ainda não consegui entender com que propósito, já que, com lotação limitada, dizem que o valor da passagem será, mais ou menos, de R$ 4,50 por passageiro, ou seja, proibido prá pobre! Você acha caro? Puxa, Ernesto, você reclama de tudo! Pelo menos, em sua próxima visita, daqui a dois anos e na época da Copa, espero ter boas novidades para você, com a cidade bem preparada e todos esses problemas resolvidos. Se não der, é melhor você cancelar sua passagem e... Que Deus nos proteja!
Urias Sérgio de Freitas
Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 16/01/2012


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