Urias Sérgio

Vivo da esperança de ver o soerguimento da ética e da razão e isso dá-me forças de continuar lutando

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MUDANÇA DE RUMO
MUDANÇA DE RUMO
Ultimamente tenho me dedicado a escrever artigos com base no meu próprio  inconformismo diante de tanta patifaria - contravenções, escândalos e descalabros - que inundaram de lama nosso país, revoltado, tanto com esse “estado de coisas” como com a omissão de nossa própria sociedade, que aceita passivamente essa situação.  E sinto que preciso continuar nesse calvário, insistindo, na esperança de conseguir algum resultado que permita, pelo menos tranqüilizar minha consciência.
E a “coisa” vai se agravando, na medida que o Governo Federal, ao fazer “vista grossa” para a contravenção aqui apelidada “Jogo do Bicho” vai alimentando o crime organizado, na forma da prostituição, do tráfico de drogas e do contrabando. A situação vai ficando cada vez mais sem controle, com nossos jovens sendo presas fáceis para as quadrilhas que se multiplicam e se fortalecem, com ramificações na política e em razão das dificuldades por que passa a grande maioria de nosso povo, por falta de orientação sócio-pedagógica e  de noções de civismo e brasilidade, banidas de nossas escolas, além da tolerância da justiça e inaplicabilidade de nossas leis.
E aí chega até o nosso Brasil não um tigrezinho qualquer, mas o maior de todos os contraventores internacionais, na forma de uma nação, um gigante chamado China, que espalha seus tentáculos pelo mundo todo, permitindo que suas indústrias copiem tudo, transformando dois dos maiores crimes, a pirataria e a falsificação em “economia de estado”, onde fábricas vão além da mera falsificação e produzem aparelhos que oferecem mais recursos que os originais. Uma grande variedade de produtos eletroeletrônicos e de comunicações são produzidos na China, além de CDs, DVDs, roupas, bolsas e sapatos. Os celulares não são fabricados por subsidiárias de grandes indústrias de marcas conhecidas tipo Apple ou Sony, mas em empresas como a chamada Hon Hai de mais de 400 mil funcionários. E como possuem as ferramentas e o conhecimento para fabricar qualquer tipo de eletrônicos, estão fabricando “clones” por conta própria – aproximadamente 300 milhões de celulares piratas por ano. E eles incorporam novidades que não existem nos melhores celulares das grandes marcas.
Nessas condições, os produtos originários desse país, por não terem certificados de origem, entram em nosso território na forma que já conhecemos, contrabandeados em sua grande maioria, inundando o comércio informal, através de firmas de fachada, comprometendo cada vez mais as nossas empresas, maltratadas por uma carga tributária extorsiva e desumana, numa concorrência desleal e comprometedora. E nosso povo, se habilita em adquiri-los mesmo sabendo de sua procedência e do seu envolvimento pessoal como receptador de produtos contrabandeados ou pirateados, sem se preocupar com o fato de estar interagindo com o crime, assumindo seu papel de coadjuvante na contravenção, pelo simples fato de se beneficiar com a atratividade de preços para aquisição desses produtos.
Se omissão também é crime, imaginem a receptação.
Em razão do conceito arraigado do “salve-se quem puder” que hoje substituiu nossos critérios de vida e comportamento social, ninguém se preocupa   mais com “fazer o que é certo” e fazem o que julgam que vai lhes trazer mais vantagens pessoais. É o desprezo do limite de direitos de cada um em benefício próprio.
Precisamos urgentemente rever esses conceitos, pois temos sim, uma grande responsabilidade sobre os atos de nossos semelhantes, já que se não respeitarmos os direitos alheios, não poderemos exigir que respeitem os nossos.
Longe de nos manter como simples expectadores, cruzando os braços para os descalabros que se passam a nosso lado - como se não fossem de nossa conta - precisamos tomar uma atitude, imediatamente, interferindo sempre em todo e qualquer assunto que venha a contribuir com o restabelecimento da moral e da razão  em benefício principalmente de todos aqueles que, por um motivo ou outro, têm limitações no entendimento da coerência e dos princípios da ética e brasilidade, a fim de que possamos, de uma vez por todas, em benefício de nossos filhos e netos, pelo futuro sombrio que têm pela frente se considerarmos as tendências normais do desajuste comportamental e injustiça social que impera hoje em dia...Passar nosso Brasil a limpo!
Urias Sérgio de Freitas
Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 29/09/2009


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