Urias Sérgio

Vivo da esperança de ver o soerguimento da ética e da razão e isso dá-me forças de continuar lutando

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RELICÁRIO
RELICÁRIO


Vez por outra, abro meu relicário, há muito
Empoeirado e carcomido  pelo tempo.
Depositário de minhas confidências, medos,
Meus segredos, alegrias, angústias e ilusões.

De dentro dele, retiro meu diário, de folhas
Amareladas, enrugadas, como eu mesmo,
E delicadamente, o folheio,  com receio,
De que suas folhas  se desfaçam em minhas  mãos.

A cada folha relida, o pulsar mais forte deste
Coração, maltratado,  cheio de saudades, de dor
E de há muito, fortes e empoeiradas  recordações,

Mas, relembrar é viver,  e ainda que sofrendo,
Também me chega a felicidade de permeio,
Mescladas de alegrias, aventuras e paixões.

Urias Sérgio de Freitas


Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 19/10/2008


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