Ah! Se me fosse dada a graça meu Deus
De, enfim, encontrar-te, o que eu faria?
Perguntaram-me inesperadamente, um dia...
Será que, ao menos, levantar os olhos ousaria?

E dir-te-ia algo além do que já te digo sempre,
Na emoção de me curvar e de orar à sua frente?
Se, de meus lábios, núncios balbucios saíssem,
Num frêmito arroubo, certamente conseguiria...

Tocar suas vestes se meus dedos trêmulos
Permitissem, e submetendo-me a seus desígnios,
Pela graça concedida, sua Santa Benção rogaria.

Isso posto, Senhor, que se essa dádiva tivesse,
Minha humilde e vã figura enfim  saberia,
Terem sido atendidas, certamente, minhas  preces!

Uriias Sérgio de Freitas