ESPERA-ME
ESPERA-ME
Ribombam em meus ouvidos esses balbucios incontidos De meus próprios murmúrios Sofridos, como se estertores Fossem, ao ler os apelos que a saudade, tão forte, te revela... E, intempestivamente, depois de um longo silêncio, calada e inerte, Transferes magoada, qual irado pintor, da aquarela a uma tela, Fortes traços de ocaso lasso, Como se assim realidade o fosse. Mas, não ouse! Assim não o é. O sabor de seus cálidos lábios, nesse beijo apaixonado, permanece. E nada foi roubado, foi-me dado! Sim, com emoção, no fervilhar de nossos próprios sentimentos soltos, fugidios...por alguns momentos, e que desvencilhados,dos grilhões Já a tanto tempo aprisionados, explodiram na ânsia desse desejo correspondido, por muito tempo esquecido, revigorados pela paixão. Mas nos contivemos, por que? Breve, lá estarei novamente, Nessa estrada de luz, a reviver essas Saudades que me alimentam, E se manifestam constantemente. Ávido por outro beijo ansiarei, Na esperança de tudo recomeçar! Urias Sérgio de Freitas
Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 07/06/2008
Alterado em 24/06/2008 |